quarta-feira, dezembro 05, 2007

Os feriadões da Justiça

O caso aconteceu no último feriado de novembro, mas só chegou ao conhecimento da Casa da Lagoa esta semana, numa conversa de borda de piscina com a mesma juíza que é coleguinha de natação do diálogos roubados IV. Ela contou que, durante o longo feriadão, a polícia do Rio interceptou um grande carregamento de armas que saía do Morro do Alemão com destino a Niterói.
O flagrante foi enviado ao plantão criminal do TJ, mas o plantonista, desacostumado com assuntos dessa natureza, leu o ofício e achou de encaminhá-lo à uma vara de Niterói. O certo teria sido enviá-la para a vara que abrange a área de Ramos, na qual atua a coleguinha. Resultado: o juiz de Niterói devolveu o processo, mas nesse caminho todo de idas e vindas, passaram três dias.
Como a lei diz que a polícia deve informar ao juiz sobre o flagrante em até 24 horas para manter o criminoso preso, o bandidão que transportava fuzis, pistolas e munição para Niterói durante o feriado foi solto.
A coleguinha jura que, embora lamentável, foi um engano do funcionário. Afinal, ele não era da área, porque os da área estavam no feriadão.
Coincidentemente, um engano providencial para uma das partes.

Um comentário:

Celina disse...

Fala sério! Que engano, heim!