sexta-feira, outubro 05, 2007

Sinuca na Lapa

A tevê a gritar geniais idéias das cabeças brilhantes do futebol; na mesa ao lado, o casal a namorar sem notá-la, sozinha, olho pregado no celular, observada de longe pelo garçom, sem graça com aquela solidão explícita, a aproximar-se de quando em quando para perguntar deseja algo? Não obrigado, espero uma pessoa. Que nunca chega para cessar esse constrangimento que observo do mezanino, pendurado no taco de sinuca, a desenvolver a seguinte filosofia de mesa de bilhar: Nunca estivemos tão sós no meio de tanta gente. Será que foi geração espontânea? Ou terei lido isso em algum lugar? Dou de ombros. Chegou minha vez de jogar e desvio minha atenção para as bolas coloridas da mesa.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tanta coisa para comentar, mas a única coisa que realmente me interessa, é saber se a pessoa esperada apareceu (rs). Putz, eu já passei por isso algumas vezes. É muito constrangedor...

F. disse...

No final das contas, o cara que a moça esperava apareceu, Vivi. Demorou, mas chegou. (rs)

Anônimo disse...

Esperar por alguem e essa pessoa so aparecer para brincar com você, também é constrangedor.